Desde a antiguidade as japonesas consideram que a pele branca como sinônimo de beleza.
No período Nara (710-733) as mulheres japonesas se maquiavam com pó facial branco em seus rostos. Essa prática influenciou o padrão de beleza do país com a chegada do período Heian (794-1185).
Nessa época esse tipo de maquiagem também se tornou uma forma de expressão de pertencimento às classes mais altas da sociedade.
Eles acreditavam que a pele mais branca indicava o nível de educação do indivíduo e a disponibilidade de classe econômica e social.
Já a pele mais escura indicava a uma vida de trabalho ao ar livre, devido à contínua exposição ao sol.
Já na era Meiji (1868 – 1912) que os japoneses começaram a imitar a moda e os costumes ocidentais, desde roupas e estilos de cabelo até a tez branca de mulheres caucasianas.
As indústrias internacionais de cinema e publicidade influenciam por meio da promoção de modelos de pele clara como um exemplo de beleza asiática.
Além disso, no Japão, considera-se que as mulheres brancas como o cânone ideal da beleza, visto que elas aparecem nos comerciais das principais marcas de moda.
Ao longo dos anos, desde a década de 1980, vários tipos de produtos de beleza apareceram no mercado japonês com o nome de “bihaku” (美白, “beleza do branco”).
Esses produtos prometem deixar a pele mais clara e homogeneizar a cor da pele, regenerar, limpar e clarear a pele, aumentando a retenção da umidade, mantendo a elasticidade e evitando a formação de melanina. Desde o lançamento, esses produtos têm obtido grande sucesso.
A pele branca desempenha um papel muito importante na cultura e nos cânones da beleza feminina no Japão. É uma parte muito importante de sua cultura e de sua visão de beleza.